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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Caminhos

o que mais amo em meu corpo?
amo meus pés.
Não são bonitos
pelo contrario
esquisitos e meio gastos
em seu andar estalado
que sons emitem
mas do meu corpo o que amo mais
com certeza são os pés
abrem caminhos
me levam aonde quero ir
paralelos
en dehors
basta querer e estou me movendo
a frente e avante
as vezes pra trás
meus preferidos...
enquanto nao me nascem asas.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Azul

O céu azul me chama
quase como um convite
"vem pro mundo"
é o que ele diz
só me resta ir
sair de casa
ar puro!
As gaivotas
que voam tão longe
quase não consigo vê-las
me fazem pensar
que quero estar no céu...
Olhar panorâmico, liberdade
o sol faz tudo mais colorido.
Uma explosão de cores
acariciam meus olhos
minh'alma
mar azul que brilha
o vento o faz dançar
também convida-me pra um mergulho
mar que limpa, banha, benze
bem azul.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Meio

Eu só quero saber aonde eu termino
e você começa.

Devir, dejavu e outros D's

Eu estava deitada, de lado, com os olhos fixos para a fechadura do armário branco. Armário branco e antigo, de madeira. O mesmo armário, no mesmo lugar... So que com uns arranhões a mais, tamanho o numero de gatos que ja tive e de esbarroes que pela vida devo ter dado. Armário com cara de infância. Mais cheiro que cara.
Meu olhar era parado, fixo, como quem esta mais olhando do que vendo. Na cabeça, milhares de coisas. Talvez a sensacao de ja ter visto aquela cena. Pouco importa... A personagem principal continuava a mesma. Eu, ali, pensando nos problemas. Mais que isso: agora, pensando nos problemas que a outra Carol, a do armario sem arranhoes e de sardinhas no rosto, jamais imaginaria ter. Enquanto isso, o tic-tac do relogio, incessante, marcava o compasso e fazia questao de lembrar-me que ele ainda estava ali. Nao o relogio. O tempo mesmo.
Como pode alguem mudar tanto em tao pouco tempo? Minha mente mudou. Meu corpo mudou. Meu gesto mudou. E o tic-tac continuava. E tudo continua mudando e nao para nunca. Acho que ja fui tantas pessoas diferentes nessa vida que, se pudesse, ja teria mudado de nome varias vezes... Enfim estava ali. Eu com 17. O armario rabiscado. Tic, tac, tic, tac, tic, tac...

.

O olhar vira fotografia
sons viram musicas
musicas, coreografias
e as palavras, poesia...
Nao consigo parar de produzir.
Pros outros, pro mundo, pra mim...